quinta-feira, 28 de abril de 2011

A VISÃO PTELHA DAS FORÇAS ARMADAS E DA DEFESA NACIONAL.

A compra dos aviões de combate para a FAB se torna uma novela mexicana de quinta categoria. A compra foi iniciada no final do Governo Fernando Henrique Cardoso, se arrastou durante o Governo PTelho I e continua no Governo PTelho II.
Os PTelhos tem uma visão míope e vesga sobre as Forças Armadas. Como fizeram oposição tanto armada como política aos Governos Militares, agora no comando do país, tudo transparece que ainda os veem como inimigos.
Os governos PTelhos vem sistematicamente reduzindo o orçamento das Forças Armadas, processo que se inicia no Governo Fernando Henrique.
Os fatos parecem comprovar que os Governos PTelhos estão se vingando do que os militares fizeram com eles. Seus programas de governo não tem planos para as Forças Armadas, consideradas por eles como um mal necessário.
Os cortes orçamentários atingiram a um ponto, que a Força Aérea teve que limitar as horas de voo dos cadetes da AFA por falta de verba, fato que nunca aconteceu antes, mesmo nas crises da dívida externa.
Uma grande parte de seus aviões não voam por falta de peças de reposição.
O Exército está sendo obrigado em várias unidades a ter meio expediente por não ter verba para alimentar a tropa.
A Marinha esta com o Porta Aviões São Paulo parado também por falta de verbas.
Isso é apenas um retrato 3x4 da situação caótica em que se encontram as instituições encarregadas de nossa defesa.
Sem contar as baixas à pedido nas Forças Armadas. Em cursos preparatórios para concursos no Rio de Janeiro existem turmas de Aspirantes da Escola Naval que funcionam nos fins de semana, isso que dizer que os jovens ainda nem entraram na Marinha, já estão pensando em sair para uma outra área do governo que exija a mesma competência e que tenha uma melhor remuneração.
Faço uma referência à mensagem recebida pelo meu amigo Ivan Cosme Pinheiro, Coronel do Exército e antigo colega do Colégio Militar do Rio de Janeiro, em que reporta as seguintes conclusões:
• Nos últimos concursos para prático de alguns portos, foi grande o número de oficiais da Marinha inscritos, o que causou mal estar nos comandos.
• Os oficiais formados pelo IME sem terem passado pela AMAN, em pouquíssimo tempo são fortes candidatos aos concursos onde, por mais difíceis que sejam, têm êxito. As turmas se acabam sem que o Exército aproveite a mão de obra altamente qualificada que formou.
• Os tempos são outros e a nossa geração precisa entender isto. A multiplicidade de oportunidades bate à porta dos adolescentes na hora de escolher a carreira e o fator dinheiro está presente em cada momento da decisão. Acontece no Brasil, acontece no mundo todo, não somos diferentes. Vai longe o tempo que a jovem professorinha ficava feliz em casar com o jovem Tenente e morar em um apartamento alugado no subúrbio. Hoje, além de exercerem profissões de nível financeiro mais alto, elas sentem dificuldades em conviver com um marido que sai de casa diariamente para uma base aérea onde os aviões não voam, para um navio que não sai do porto ou para uma unidade de Artilharia que não atira.
• É preciso não confundir orgulho em conquistar o direito de usar a farda com as condições diárias, reais, verdadeiras para usá-la. É injusto acusar a juventude militar de falta de entusiasmo, falta de vibração, sem entender a forma como vivem, as perspectivas que lhes são oferecidas, a comparação com o mundo do lado de fora dos muros dos quarteis.
• Como resultado, as famílias tradicionalmente de militares estão se acabando. Como último da família a entrar para o Exército, sou um exemplo disto: ninguém mais me seguiu. Alguns tentaram mas desistiram, talvez atraídos pelo chamamento do mundo exterior. Não estou arrependido e, creio, nenhum de nós está, mas é importante saber que cada um julgou a decisão tomada de acordo com o momento em que o fato ocorreu. Como disse o historiador francês Lucien Fèvre, "a História é filha do seu tempo" ou seja, a História precisa ser estudada dentro do contexto em que os fatos aconteceram. Julgar a situação atual dos jovens militares com o olhar dos Aspirantes dos anos 50 ou 60 é, mais que um erro histórico, uma injustiça.
Os PTelhos se esquecem que as Forças Armadas são instituições nacionais e permanentes, baseadas na disciplina e hierarquia, como citado em nossa Constituição.
Se o Brasil não tiver uma Força Armada capaz de dissuadir seus vizinhos a se apossarem de partes de seu território, esses “hermanos” vão tentar.
Os Governos PTelhos estão cada vez mais empolgados com a Projeção Econômica do Brasil no mundo atual. O Brasil faz parte dos BRICS, países que estão iniciando um processo de hegemonia mundial. O Brasil é um gigante econômico e um anão militar. Não temos Forças Armadas para manter esse hegemonia, os outros três países dos BRICS são Potências Nucleares – Rússia, Índia e China, o Brasil não é, e não tem uma Força Armada condizente com essa posição econômica.
Até quando as diversas versões PTelhas vão continuar com essa visão revanchista contra as Forças Armadas, atirando no próprio pé e principalmente negligenciando a defesa do país e indo contra os interesses nacionais?

Um comentário:

  1. Parabéns mais uma vez MESTRE.
    Excelente e muito realista.
    Quando teremos o próximo?

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